Promessa de Ano Novo

Fica para o ano que vem

A viagem dos sonhos,

Os sonhos também.

Férias, festas, afins.

Começar um pé de meia,

Fica também.

O trabalho voluntário,

Tratamento dentário

Só ano que vem.

Porque este ano está osso.

Do poema, deixo um esboço.

Poema mesmo, só no livro que vem.

Senão o livro fica grosso.

De tanta coisa que quero dizer,

Mas improrrogavelmente

O farei ano que vem.

Um método simples e infalível que te transformará em um moderno (e incompreendido) poeta em minutos!

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Fui surpreendido recentemente por um movimento artístico do início do século XX e que havia passado tanto tempo despercebido em minha vida…

Trata-se do Dadaísmo, ou Movimento Dadá, inciado em Zurique… mas isso é história, deixo para quem muito se interessar fazer um estudo mais aprofundado por conta própria, de modo que esse post não fique demasiado extenso.

Como eu dizia, recebi as seguintes instruções ensinadas pelo pioneiro Tristan Tzara, ao que resolvi prontamente experimentar para checar o resultado estético. Note que a colagem acima é majoritariamente composta de adornos que julguei necessários dada a psicodelia do texto formado, que transcrevo para que fique evidente o notável conteúdo que se formou para minha surpresa. Antes, deixo o tutorial do dadaísmo para quem quiser se aventurar por essas veredas:

  • Pegue um jornal.
  • Pegue a tesoura.
  • Escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja dar a seu poema.
  • Recorte o artigo.
  • Recorte em seguida com atenção algumas palavras que formam esse artigo e meta-as num saco.
  • Agite suavemente.
  • Tire em seguida cada pedaço um após o outro.
  • Copie conscienciosamente na ordem em que elas são tiradas do saco.
  • O poema se parecerá com você.
  • E ei-lo um escritor infinitamente original e de uma sensibilidade graciosa, ainda que incompreendido do público.

Agora, segue a transcrição. Note que, apesar da loucura, este poema se mostrou rico em sentido, com versos por vezes emblemáticos, e de muita sabedoria. Coincidência? Continuo acreditando que não existem coincidências…

De Beleza

As moças roliças biologia evolutiva

independentemente de como diriam que parece

nos ajuda, ne sais quoi, no terreno feliz,

simetria. tornarmos mais deleitosa.

nem sem até mesmo e da sociada

entender por que o aspecto bonito. essa percepção de uma flor, muito comum,

a reunião proporções   Há, de fato, a beleza sublimes,

Uma forma debruça verdadeiros, harmonia e uma obra de arte – existencial

gosto ou visão do vago se conecta nos aspectos evidentes de inteligência a outros agradáveis

questão de idealmente estar com unidade,

De acordo com o mais É preciso de uma pessoa, ou conhecimento sobre tudo da vida

Mas, os franceses, ainda que, a experiência sempre ao que há de filosófico

estudo das definições e não – oque conceitos portanto, concreta – sensível.

algo é menos mais apenas intuir que ultrapassa beleza inclusive, da metafísica.

Poetry

Saudações, pessoas poéticas e musicais!

Hoje apresento uma poesia de um escocês que, além de poeta e escritor, é guitarrista e, adivinhem: entusiasta do bom e velho blues!

Coincidência? Não existem coincidências.

Há alguns meses, conheci John McMahon através do site Soundcloud, onde ele começou a me seguir e curtir as músicas do meu disco “Nothing but the Blues”.

As faixas de John no referido site são na maioria poesias escritas e recitadas por ele mesmo.

O acontecimento que venho dividir no momento com vocês, é uma parceria que surgiu neste mês, quando, ao finalizar a poesia intitulada “12 bar blues”, John me convidou a gravar uma melodia de guitarra para sublinhar seu versos.

Novamente, gravação caseira, mas espero que a arte seja mais forte que a produção! rsrsrsrsrs

Segue a transcrição do poema acima citado, bem como o link para a audição desse novo projeto, que esperamos que dê novos frutos em um futuro próximo!

Ah, vou deixar também o link para o perfil do poeta, para quem quiser seguir no Soundcloud: https://soundcloud.com/theboyinthebox

Aquele abraço, e até a próxima! Fiquemos conectados!

12 bar blues:

Poetry and voice by John McMahon (The Boy in the Box), from Scotland. Guitars by Bruno Felix, from Brazil:

“Soar with me and my five fingered rhythm.
Hang onto every bent note;
slide between the sweet
melody I wrote …
I can’t sing along, for fear of A broken throat
Just hang on in there,and sing
this sorrow filed song
I’m sure you know the blues-
sing on ….
Listen to the sound of my wooden acrobat,
walking bass lines over head
remember that those blues masters
have shed their sad news
to bring you the 12 bar blues.

Come dance like the devil intended
shake and shimmy like there’s no tomorrow,
if you can’t shake what you got,
worry not, don’t be full of sorrow
just borrow a six string
let your fingers do some walking
get deep inside;
let the blues do
the talking …
Listen to the sound of my wooden acrobat,
walking bass lines over head
remember that those blues masters
have shed their sad news
to bring you the 12 bar blues.”poesia

Heartbeat Jam!

Bruno Felix sem os Voodoo Kings!

Acabo de gravar a primeira jam session com meu bebê!

Conforme eu disse anteriormente, meu bebê deve nascer no final de dezembro, o que não impediu de fazermos essa jam sessiom!

Me desculpem a qualidade do áudio, mas o ultrassom foi gravado com celular, e as guitarras aqui em casa mesmo, com um gravador comum, à moda antiga!
Apenas um improviso…

Sem título

Filhos.

“A felicidade consiste em dar passos na direção de si próprio e ver o que se é.” -José Saramago

Não encontrei definição melhor para encabeçar esse post!

Quero compartilhar com todos a imensa e indescritível alegria de ser pai. No final de dezembro, minha esposa dará à luz nosso primeiro(a) filho(a) (digo assim, pois apenas o médico responsável pelo ultrassom sabe se vem aí o Bento ou a Joana).

O que importa realmente nesse momento, é o amor.

Nada mais.

E quer forma de arte mais completa que essa tal arte de amar?

Mas não pense o sagaz leitor que me despedirei das artes. No primeiro trimestre de 2015, nascerá outro filho: “O Busto de Adão e outras poesias”, meu primeiro livro, já tem contrato assinado com uma editora, e deve chegar às melhores livrarias do país até março!

Então, aguardem, assinem a mailing list deste humilde blog e vamos mantendo contato!

Antes de me despedir, deixo uma poesia que faz parte da referida obra e trata justamente do tema amor. Nesta, o personagem Lokprakash Vatsala, um transcendente indiano versado na ancestral escola do amor, ensina sua sabedoria com belas metáforas e uma incisiva pergunta que todos nós, meros peregrinos devemos nos fazer diariamente.

Grande abraço, muita luz para todos!felicidade